terça-feira, 13 de novembro de 2012

Quais são os sintomas comuns quando se está grávida?


Durante a gravidez, é normal sentir....

Confira o que é comum e o que é motivo de preocupação


Se você está grávida, é provável que, além de hormônios, você esteja cheia de dúvidas. “É normal ficar preocupada, mas a ansiedade atrapalha muito, faz tudo ficar maior”, contou o ginecologista, obstetra e sexólogo, Elvídio dos Santos.

A professora de Ginecologia e Obstetrícia da Ufes Maria Angelica Belonia contou que até mães mais experientes podem ter dúvidas. “Uma segunda gravidez pode ser totalmente diferente da primeira”, comparou.

A técnica de planejamento de obras Tânia Zancanella, 32 anos, grávida de 39 semanas, sabe bem o que é isso. “Tive uma gravidez muito tranquila, sem os sintomas tradicionais de enjoo e desejo, mas tive cólicas. O primeiro trimestre pode ser bem assustador”, contou.

Para acalmar as mães de primeira viagem, os médicos explicam o que é comum sentir/ter ou não na gravidez. Confira.

Azia e indigestão?
O hormônio progesterona provoca um relaxamento da musculatura da grávida, o que atinge o intestino e o estômago. Isso acaba causando azia e até refluxo.
Cólicas?
É muito comum ter uma cólica que parece menstrual, principamente no primeiro mês. É um movimeto de adaptação da fibra muscular do útero.
Enjoos?
Nem todas as grávidas sentem enjoos nos início da gravidez.
Menstruar?
É normal que as áreas do útero onde o ovo não se implantou descamem, causando pequenos sangramentos. Não é exatamente uma menstruação e é mais comum no primeiro mês.
Emagrecer em vez de engordar?
É comum que, nos três primeiros meses, a mulher não ganhe peso e até emagreça um pouco. Se a mulher engravida em bom estado nutricional, isso não é motivo de preocupação.
Não conseguir controlar o xixi?
Com o relaxamento muscular causado pela progesterona, a mulher pode ter uma pequena incontinência urinária quando tosse ou espirra. Isso é normal no final da gravidez.
Não sentir o bebê  se mexer?
Nem sempre a mulher percebe o bebê se mexendo. Geralmente, isso só é possível a partir da 20ª semana. Se você tem dúvidas, deite-se do lado esquerdo, isso melhora o fluxo de sangue no útero e facilita a percepção.
Fonte: A Gazeta



A gravidez e seus acontecimentos
Durante a gravidez, diversas transformações ocorrem no corpo da mulher que se prepara para receber uma nova vida.


Chamamos de gravidez o período de crescimento e desenvolvimento de um ou mais embriões no interior do útero.

Para que ocorra a gravidez é necessário que o óvulo, gameta feminino, seja fecundado pelo espermatozoide, gameta masculino. O resultado dessa fecundação dá origem ao zigoto, que após várias mitoses se transforma no embrião. Quando esse embrião chega ao útero, ele se fixa na parede uterina em um processo que conhecemos como nidação, que ocorre geralmente no 7º dia após a fecundação. Assim que ocorre a nidação, tem-se o início da gravidez, também chamada de gestação. Na espécie humana, a gravidez dura aproximadamente nove meses ou cerca de trinta e nove semanas.

Durante as primeiras semanas após a fecundação, a futura mamãe ainda não sente os efeitos da gravidez, mas isso não quer dizer que seu bebê não esteja se desenvolvendo, pelo contrário, ele continua crescendo a cada segundo. Como o corpo da mulher está se preparando para abrigar um novo ser, ele também sofrerá diversas transformações.  A primeira delas é a ausência de menstruação, que se dá pela produção de determinados hormônios que impedem a descamação do endométrio. A partir da quarta semana após a fecundação, o embrião começa a produzir o hormônio Gonadotrofina Coriônica Humana beta ou beta-HCG, sigla em inglês, que causa sintomas como náuseas, cansaço e dores nos seios. Nesse período, os testes de gravidez comercializados em farmácias podem não conseguir detectar o hormônio presente na urina, mas um exame de sangue certamente conseguirá detectar a gravidez.

Assim que a mulher souber que está grávida, é extremamente importante que ela inicie o pré-natal com um médico de sua confiança. Esse acompanhamento é importante tanto para a saúde da mãe, como para a saúde do bebê.

A futura mamãe também deverá se preocupar com os alimentos que ingere, pois alimentos crus ou mal cozidos podem transmitir doenças como a toxoplasmose, que podem atingir o embrião causando sérios prejuízos e até mesmo a morte do bebê.

Aproximadamente na sétima semana de gestação, um tampão de muco com a função de impedir o contato do útero com o meio externo se desenvolverá no colo uterino, dando ao bebê uma maior proteção. É provável que a gestante sinta cólicas leves à medida que o embrião se implanta no útero. É muito importante lembrar que cólicas fortes e sangramentos não são normais e que ocorrendo qualquer um desses sintomas, a mulher deverá entrar em contato com seu médico imediatamente.


Por Paula Louredo
Graduada em Biologia

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