Uma criatura marinha desconhecida foi flagrada passeando a mais de 1.500 metros de profundidade pela câmera de um veículo submarino não tripulado. Até o momento teve mais de 500 mil visualizações e ninguém soube dizer que tipo de animal seria este.
As teorias até agora sobre a identidade do “fantasma” vão desde a placenta de uma baleia até água-viva da espécie Deepstaria enigmática.
Câmera de plataforma da Petrobras grava criatura 'estranha' nos EUA
Ser marinho é, na verdade, rara medusa que vive em águas profundas.
Pesquisador da USP diz que invertebrado necessita de locais frios.
A gravação mostra a "criatura" invertebrada se locomovendo calmamente, lembrando até um lençol de cama, a 2.500 metros de profundidade.
O vídeo já recebeu mais 1,4 milhão de cliques no YouTube e foi feito no campo de Cascade, próximo ao estado norte-americano da Louisiana, onde a estatal mantém uma sonda de exploração de petróleo. É possível ver a logomarca da empresa no canto esquerdo do vídeo.
Um equipamento submarino registrou o vídeo e é do mesmo tipo utilizado em 2010 para verificar o vazamento de óleo proveniente de uma explosão da plataforma Deepwater Horizon, da BP, na mesma região. A empresa foi procurada pelo G1, mas ainda não se manifestou sobre o vídeo.
Segundo Álvaro Migotto, vice-diretor do Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo (USP), que fica em São Sebastião (SP), não se trata de algo de outro mundo, mas sim de um exemplar de medusa do gênero Deepstaria.
Imagem mostra medusa do gênero Deepstar, que vive em águas profundas e é rara de ser encontrada. (Foto: Reprodução/YouTube) |
Segundo ele, o animal marinho vive em águas profundas e é raro de ser encontrado. “Existem duas espécies descritas desse gênero e este exemplar pode ser uma delas. Tem a medusa Deepstaria enigmatica, encontrada pela primeira vez em 1967 na costa Oeste dos Estados Unidos, e a D. reticulum, descrita em 1988. Elas são bem parecidas e é difícil distinguir”, explica.
Sites especializados afirmam que o animal é uma medusa D. enigmatica. De acordo com o Instituto Smithsonian, dos Estados Unidos, existe o registro de encontro de ao menos três espécimes desta medusa em regiões próximas da Antártica.
“Por ter sido encontrada em águas profundas, é muito provável que este invertebrado necessite viver em águas frias”, disse Migotto.
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