O orgasmo é a resposta do organismo a um estímulo sexual adequado. É um fenômeno que se inicia no cérebro e repercute em todo o corpo. A principal manifestação física do orgasmo são contrações rítmicas na musculatura da pelve, que podem durar de 2 a 30 segundos ou mais, seguidas por uma sensação de bem-estar e relaxamento. Além disso, a musculatura de outras partes do corpo tambem pode se contrair, o coração acelera e a transpiração aumenta.
Cada mulher vai sentir seu orgasmo de maneira bastante individualizada e particular, dependendo da sensibilidade, do tipo de estímulo aplicado e da situação em que esse estímulo ocorre. Situações de stress, ansiedade ou vergonha podem dificultar muito a obtenção do orgasmo.
A própria preocupação em atingir o orgasmo pode ser um fator que atrapalha a mulher na hora “H”. A cobrança por desempenho faz com que ela passe a prestar muita atenção nas situações em que ela acha que o orgasmo pode ocorrer, como se ela fosse uma observadora de sua própria relação. Acontece que é muito difícil observar e sentir ao mesmo tempo, e a sensação acaba saindo prejudicada, diminuindo assim as chances de desfrutar do prazer do momento.
Alguns mitos contribuem para que as mulheres achem que seus orgasmos são difíceis, complicados ou impossíveis:
“Não posso mostrar meu corpo se ele tiver algum ‘defeito’ como estrias ou celulite” – FALSO – A preocupação em esconder o corpo tira o foco das sensações obtidas e coloca a atenção naquilo que o parceiro pode ver ou não.
“O orgasmo verdadeiro só ocorre quando existe amor” – FALSO – O orgasmo depende da qualidade do estímulo e não do vínculo emocional. A masturbação pode propiciar orgasmos satisfatórios sem qualquer tipo de envolvimento amoroso. A preocupação de muitas mulheres sobre os sentimentos do parceiro ou na avaliação se o relacionamento é “certo” impede que as sensações sejam devidamente registradas.
“O orgasmo certo é quando os dois gozam ao mesmo tempo” – FALSO – O tempo para atingir o orgasmo varia de uma pessoa para outra e não há problema algum se um dos parceiros chegar lá primeiro. A boa educação recomenda que o parceiro que gozou primeiro mantenha a estimulação para que o outro também possa aproveitar os prazeres da situação no seu próprio ritmo.
“O orgasmo só pode acontecer na penetração vaginal” – FALSO – O orgasmo é um fenomeno cerebral, e ele pode acontecer com QUALQUER estímulo. Algumas mulheres relatam atingir o orgasmo sem qualquer tipo de contato físico, usando apenas a fantasia como estímulo. Por outro lado, cerca de 10% das mulheres normais não são adequadamente estimuladas durante a penetração vaginal, necessitando de outras formas de estimulação para que possam atingir o orgasmo.
“No orgasmo feminino a mulher solta um líquido igual ao do homem” - FALSO – A ejaculação feminina ocorre em um número relativamente pequeno de mulheres, geralmente associado a uma resposta orgástica de grande intensidade.
“Toda mulher grita quando goza” – FALSO – As formas de expressão do orgasmo são tão particulares quanto os estímulos necessários para obtê-lo. Um orgasmo “mudo” pode ser tão ou mais satisfatório que um orgasmo escandaloso. A qualidade de um orgasmo não se mede em decibéis.
“A responsabilidade pelo meu orgasmo é do meu parceiro” – FALSO – Somente você sabe qual é o local, a intensidade e a duração do estímulo que vai funcionar no seu corpo. Se o parceiro conseguir acertar esse estímulo sem que você diga nada, sorte sua. Se não, não espere que ele adivinhe. Ensine-o a dar prazer e aproveite!
“O orgasmo tem que acontecer em TODAS as relações que eu tenho” – FALSO – O objetivo final de uma relação sexual não é a obtenção do orgasmo, e sim a busca de um momento de prazer compartilhado com outro ser humano. Se esse momento for divertido, agradável e produzir bem-estar, ele pode ser perfeitamente válido e significativo com ou sem orgasmo.
Resumindo: A capacidade de atingir o orgasmo está presente em todas as mulheres, cada uma do seu jeito. Entretanto, nem toda mulher se permite relaxar para perceber quais são as suas necessidades e para conduzir suas relações de acordo com elas. Ideias e preocupações que atrapalham a vida sexual podem ser identificadas e modificadas para que a sexualidade possa se vivida de maneira mais satisfatória.
Redação Época
colunas.epoca.globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fique a vontade para comentar,mas lembramos que não podemos aceitar ofensas gratuitas, palavrões e expressões que possam configurar crime, ou seja, comentários que ataquem a honra, a moral ou imputem crimes sem comprovação a quem quer que seja. Comentários racistas, homofóbicos e caluniosos felizmente não podemos publicar.