Preso, assassino confessa ter planejado morte de ex-namorada
Leonardo Possato Bento comprou uma arma, revólver calibre 38, três dias antes do assassinato de Paola Souza Magnago, 20 anos
Leonardo Possato Bento, 23 anos, acusado de matar a ex-namorada, é preso na Bahia e levado para o DPJ de Linhares |
O rapaz teve a prisão temporária decretada, nesta quinta-feira (28). Ele irá ficar pelo menos cinco dias detido na delegacia de Polícia Judiciária (DPJ) de Linhares. O jovem prestou depoimento que durou aproximadamente duas horas e meia ao delegado Fabrício Lucindo.
De acordo com o Lucindo, Leonardo confessou ter planejado a morte da ex-namorada, quando ele comprou uma arma, revólver calibre 38, três dias antes do assassinato. "Ele explicou que, inicialmente, não era para usar o protótipo contra a namorada, mas era apenas uma autodefesa".
Paola Magnago, morta a tiros na madrugada desta quinta-feira em Linhares |
Depoimento
Segundo o delegado, Leonardo declarou que no dia 7 de fevereiro, data do assassinato, os dois marcaram de se encontrar para discutir a relação. "O casal andava junto, quando, de repente, começaram a briga no meio da rua. Ela não concordou com as atitudes do ex-namorado e o empurrou, fazendo com Leonardo caísse no chão. Ainda segundo o rapaz, ele teria tirado o revólver do bolso e disparado uma bala para cima, que, acidentalmente, acertou as costas de Paola. Ele contou ainda que após se levantar, disparou mais cinco balas que acertaram a vítima".
O delegado informou que após o assassinato, Leonardo Possato Bento fugiu para Itaúnas, Norte do Espírito Santo. Lá, ele teria deixado o carro em um matagal e pegado uma carona até Pedro Canário, local onde ele teria jogado a arma do crime em um rio que corta a região. Após ter dado sumiço na arma, Leonardo seguiu para Teixeiras de Freitas, Sul da Bahia, onde alugou uma Kitnet por um mês.
Acusado de matar ex-namorada vivia em condições precárias em esconderijo
Leonardo Possato Bento, 23 anos, dormia no chão e cozinhava em uma lata de cereal
Preso nesta quarta-feira (27), na localidade de Teixeirinha, em Teixeira de Freitas, Bahia, o jovem Leonardo Possato Bento, 23 anos, acusado de ter matado a ex-namorada, Paola Souza Magnago, em Linhares, estava vivendo em condições precárias no esconderijo.
O rapaz, que estava foragido, se escondia em uma casa na cidade baiana, onde dormia no chão e cozinhava em uma lata de cereal. O local teria sido cedido por uma conhecida de Pedro Canário, município do Norte do Espírito Santo.
Investigação da Polícia Civil de Linhares, comandada pelo titular de Delegacia de Polícia Judiciária, Fabrício Lucindo, revelaram que Leonardo, ao fugir, passou um dia na cidade, na casa dessa mulher, onde abandonou o carro. De lá, seguiu para Itaúnas, em Conceição da Barra.
Já em Teixeira de Freitas, a polícia recebeu a denúncia de que o jovem estava frequentando uma Igreja Maranata da cidade. Duas viaturas com equipes da Polícia Civil de Linhares seguiram para a Bahia, onde os policiais fizeram campana. Leonardo Possato foi preso na porta da igreja, 15 minutos antes de começar o culto.
Segundo o delegado, o rapaz demonstrou surpresa com a abordagem, mas não esboçou reação. Apenas se ajoelhou e colocou as mãos para trás. Ele foi algemado nas mãos e nos pés para evitar fuga. Fiéis que testemunharam a ação ficaram assustados, mas perceberam que se tratava de uma prisão. A operação contou com a participação de 18 policiais e apoio da polícia de Sooretama.
O rapaz, que estava foragido, se escondia em uma casa na cidade baiana, onde dormia no chão e cozinhava em uma lata de cereal. O local teria sido cedido por uma conhecida de Pedro Canário, município do Norte do Espírito Santo.
Investigação da Polícia Civil de Linhares, comandada pelo titular de Delegacia de Polícia Judiciária, Fabrício Lucindo, revelaram que Leonardo, ao fugir, passou um dia na cidade, na casa dessa mulher, onde abandonou o carro. De lá, seguiu para Itaúnas, em Conceição da Barra.
Já em Teixeira de Freitas, a polícia recebeu a denúncia de que o jovem estava frequentando uma Igreja Maranata da cidade. Duas viaturas com equipes da Polícia Civil de Linhares seguiram para a Bahia, onde os policiais fizeram campana. Leonardo Possato foi preso na porta da igreja, 15 minutos antes de começar o culto.
Segundo o delegado, o rapaz demonstrou surpresa com a abordagem, mas não esboçou reação. Apenas se ajoelhou e colocou as mãos para trás. Ele foi algemado nas mãos e nos pés para evitar fuga. Fiéis que testemunharam a ação ficaram assustados, mas perceberam que se tratava de uma prisão. A operação contou com a participação de 18 policiais e apoio da polícia de Sooretama.
Ainda de acordo com o Lucindo, o rapaz teria confessado a autoria do assassinato informalmente e declarado que estava arrependido. Leonardo alegou que cometeu o crime por ciúmes. Ele também teria dito que jogou a arma do crime em um terreno baldio, mas não revelou de quem recebeu.
Leonardo Possato Bento foi encaminhado ao DPJ de Linhares, onde prestará depoimento às 15h para o delegado Fabrício Lucindo. O titular da delegacia afirmou que pretende concluir o inquérito ainda nesta quinta-feira (28), para encaminhá-lo ao Ministério Público, pedindo a prisão preventiva do rapaz. Assim que prestar os esclarecimentos à polícia, o jovem será levado para o presídio do município para aguardar a decisão da Justiça.
O acusado não quis falar com a reportagem e declarou que só vai se pronunciar em juízo. O advogado dele, Esmeraldo Melo Filho, disse que conversou ligeiramente com o cliente. Ele informou que está acompanhando o processo, mas, por enquanto, nada pode ser dito.
No DPJ de Linhares, o pai de Paola, Vagner Benha Magnago, se mostrava aliviado com a prisão do acusado. "Eu poderia dizer que estou com raiva, mas não estou. Tenho pena da alma dele. Que Deus perdoe ele. A prisão não traz a minha filha de volta, mas dá alívio. Ele merece a cada dia pensar sobre que fez", disse.
Leonardo Possato Bento foi encaminhado ao DPJ de Linhares, onde prestará depoimento às 15h para o delegado Fabrício Lucindo. O titular da delegacia afirmou que pretende concluir o inquérito ainda nesta quinta-feira (28), para encaminhá-lo ao Ministério Público, pedindo a prisão preventiva do rapaz. Assim que prestar os esclarecimentos à polícia, o jovem será levado para o presídio do município para aguardar a decisão da Justiça.
O acusado não quis falar com a reportagem e declarou que só vai se pronunciar em juízo. O advogado dele, Esmeraldo Melo Filho, disse que conversou ligeiramente com o cliente. Ele informou que está acompanhando o processo, mas, por enquanto, nada pode ser dito.
No DPJ de Linhares, o pai de Paola, Vagner Benha Magnago, se mostrava aliviado com a prisão do acusado. "Eu poderia dizer que estou com raiva, mas não estou. Tenho pena da alma dele. Que Deus perdoe ele. A prisão não traz a minha filha de volta, mas dá alívio. Ele merece a cada dia pensar sobre que fez", disse.
Já o pai do rapaz, o lavrador José Bento da Costa Neto, 48 anos, estava emocionado. Ele ainda não viu o filho, mas disse que a sua provável reação será o choro. "A gente sofre junto (com a família da vítima), porque só quem é pai pode sentir isso. Ninguém está livre disso. A gente pede força porque não é fácil"
José Bento revelou ainda que, mesmo antes de conhecer a ex-namorada Paola, a família acreditava que o rapaz precisava de acompanhamento médico.
O caso
Paola Souza Magnago, 20 anos, foi morta por volta de 4h30, do dia 7 de fevereiro, no bairro Pamital, em Linhares. A Polícia Militar foi acionada por populares e encontrou a vítima caída de bruços na rua. A jovem, de acordo com a PM, apresentava seis perfurações nas costas provocadas por disparos de arma de fogo. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas a jovem já estava morta.
José Bento revelou ainda que, mesmo antes de conhecer a ex-namorada Paola, a família acreditava que o rapaz precisava de acompanhamento médico.
O caso
Paola Souza Magnago, 20 anos, foi morta por volta de 4h30, do dia 7 de fevereiro, no bairro Pamital, em Linhares. A Polícia Militar foi acionada por populares e encontrou a vítima caída de bruços na rua. A jovem, de acordo com a PM, apresentava seis perfurações nas costas provocadas por disparos de arma de fogo. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas a jovem já estava morta.
Familiares de Leonardo vinham se comunicando com ele, por meio de mensagens de celular, pedindo que ele se entregasse. A prisão do rapaz estava sendo negociada desde o último domingo, segundo parentes. Segundo os familiares do suspeito de homicídio, Leonardo dizia que estava arrependido de ter matado a namorada e que pretendia se entregar o mais rápido possível.
Leonardo não aceitava o fim do namoro e ameaçou a ex-namorada várias vezes. Em uma ocasião anterior, de acordo com o delegado Fabrício Lucindo, ele foi ao local de trabalho da jovem e chegou a apontar a arma para a moça, que conseguiu escapar porque um carro passou na frente de Leonardo, que não conseguiu fazer o disparo.
Segundo a família de Paola, a jovem era constantemente ameaçada depois do fim do namoro. O pai dela chegou a ir três vezes à delegacia para registrar um boletim de ocorrência, mas não teve sucesso.
ProtestoA família de Paola Magnago, que desde o dia do crime usou as redes sociais para divulgar a foto do suspeito, agora lançou uma campanha na internet, a fim de mobilizar pessoas contra violência envolvendo mulheres.
Marcaram, para o próximo dia 9 de março, uma passeata. O protesto está agendado para as 9 horas, na Praça 22 de Agosto, em Linhares. “Vamos nos unir com outras famílias para que juntos possamos tentar evitar tragédias como ocorreu com a minha irmã Paola Magnago. Quanto mais pessoas, melhor. Queremos a imprensa lá para alertar a população e cobrar mais proteção da polícia”, convocou Luana, irmã de Paola Magnago, pelo Facebook.
Leonardo não aceitava o fim do namoro e ameaçou a ex-namorada várias vezes. Em uma ocasião anterior, de acordo com o delegado Fabrício Lucindo, ele foi ao local de trabalho da jovem e chegou a apontar a arma para a moça, que conseguiu escapar porque um carro passou na frente de Leonardo, que não conseguiu fazer o disparo.
Segundo a família de Paola, a jovem era constantemente ameaçada depois do fim do namoro. O pai dela chegou a ir três vezes à delegacia para registrar um boletim de ocorrência, mas não teve sucesso.
ProtestoA família de Paola Magnago, que desde o dia do crime usou as redes sociais para divulgar a foto do suspeito, agora lançou uma campanha na internet, a fim de mobilizar pessoas contra violência envolvendo mulheres.
Marcaram, para o próximo dia 9 de março, uma passeata. O protesto está agendado para as 9 horas, na Praça 22 de Agosto, em Linhares. “Vamos nos unir com outras famílias para que juntos possamos tentar evitar tragédias como ocorreu com a minha irmã Paola Magnago. Quanto mais pessoas, melhor. Queremos a imprensa lá para alertar a população e cobrar mais proteção da polícia”, convocou Luana, irmã de Paola Magnago, pelo Facebook.