terça-feira, 15 de novembro de 2011

Como surgiu a aids?


Não é sempre que se vê uma pandemia nascer. Mas foi o que aconteceu em 1981 nos EUA. Os hospitais relataram 41 casos de pacientes jovens com sarcoma de Kaposi, um câncer raro que até então se manifestava quase somente em idosos. E apesar de esse mal normalmente demorar anos para se agravar, os novos pacientes morriam pouco tempo depois de entrar no hospital. Um detalhe intrigou os médicos: todos eram homossexuais masculinos. Outros casos surgiram e logo ficou claro que havia uma nova doença, um “câncer gay”, batizado de grid (sigla em inglês para “imunodeficiência relacionada aos gays”). Nos anos seguintes, a doença se espalhou para heterossexuais e mulheres – até então considerados a salvo da epidemia – que haviam passado por cirurgias ou recebido transfusões de sangue. Foi então que a doença ganhou o nome de aids (sigla em inglês para “síndrome da imunodeficiência adquirida”).

Ainda no início dos anos 80, o vírus já tinha contaminado 89% dos hemofílicos dos EUA. Como não havia um teste para detectar o vírus, quem precisasse de uma transfusão de sangue não tinha muito o que fazer além de rezar para não ser infectado. Em seguida, o mal passou a atingir homens, mulheres, crianças e qualquer grupo social que você puder imaginar. As notícias de novas contaminações, somadas à falta de informações concretas sobre os mecanismos de transmissão, levaram a um estado de pânico. Muita gente se recusava a apertar a mão de alguém contaminado ou ficar na mesma sala, com medo de que a doença se transmitisse pelo ar como uma gripe. Na dúvida, ninguém queria arriscar. Durante o resgate de um acidente nos EUA, os bombeiros se recusaram a atender uma vítima por ela estar contaminada.


Em 25 anos, o HIV matou 25 milhões de pessoas e está presente em outros 40 milhões. É a 2a doença infecciosa que mais faz vítimas no mundo, logo atrás da tuberculose. Só que, ao contrário desta, a aids não tem cura. A epidemia derrubou economias, destruiu populações inteiras e mudou costumes. Por se alastrar também pelo sexo, a revolução sexual dos anos 60 e 70 pisou no freio e deu lugar à era do “sexo seguro”, com a redução do número de parceiros e com o uso de preservativos (em 1986, apenas 8% dos jovens brasileiros afirmaram ter usado camisinha na primeira relação sexual, contra 47,8% em 1998 e 65,8% em 2005). Depois de duas décadas e meia de pesquisa, já sabemos que a aids é causada por um retrovírus, o HIV, e também temos boas pistas de como ela se espalhou pelo mundo e como age. Só não temos a menor idéia de como resolver o problema. Daí a importância de conhecer essa história: os próximos 25 anos não devem ser lá muito mais fáceis do que esses que acabamos de viver.

Do macaco ao homem
Como surgiu a aids? Existem várias teorias, e todas elas aceitam o fato de que o HIV era, originalmente, um vírus que infectava primatas como o chimpanzé, que vivem vários anos com a infecção sem apresentar problemas. Em algum momento, o HIV passou para os seres humanos e começou a fazer estragos. O vírus se aloja nas células do sistema imunológico, que passam a destruir a si mesmas, deixando o corpo sem proteção para qualquer ameaça. Com as defesas do organismo sucateadas, uma gripe, uma pneumonia ou qualquer infecção oportunista podem ser fatais.

A primeira vez que o vírus chegou ao ser humano e começou a se espalhar deve ter sido por volta de 1930, como mostrou um estudo das informações genéticas do HIV liderado pela pesquisadora Bette T. Korber, do Laboratório Nacional de Los Alamos, EUA. Existem várias teorias para explicar como isso pode ter acontecido. Uma delas, a “teoria do caçador”, diz que foi pelo contato direto com os animais. Em certas regiões da África, é costume comer carne de chimpanzé e de outros primatas. Não é muito difícil imaginar que um caçador se machuque e que esse corte ou ferida entre em contato com o sangue da própria caça. Depois dessa infecção inicial, o vírus segue se adaptando e passando de pessoa para pessoa.

Acontece que o vírus deve ter pulado para o ser humano mais de uma vez (veja quadro na página 70), o que abre espaço para outras possíveis origens. A mais polêmica foi publicada em 1999, no livro The River (“O Rio”, sem tradução em português), de Edward Hooper. Ele defende que o vírus teria pulado para o homem por meio de vacinas contra a pólio, aplicadas em massa nos anos 50 na República Democrática do Congo, Burundi e Ruanda. Hooper afirma que as vacinas contra pólio eram feitas a partir de células de chimpanzés contaminados. Hillary Koprowski, responsável pela vacinação, se defende dizendo que utilizou outros macacos, não o chimpanzé. Mas a verdade é que é praticamente impossível provar que a teoria esteja certa ou errada, já que para isso seria necessário analisar todo o material usado na confecção das vacinas há mais de 50 anos.

Mas se o vírus já era presente nos macacos há muito tempo, por que ele só apareceu em humanos no século 20? “Talvez ele tenha feito a transição dos macacos para os humanos outras vezes antes de 1930. Mas é possível que as condições de propagação entre humanos não fossem tão favoráveis, e os focos de pessoas contaminadas tenham simplesmente sido extintos sem passar o HIV adiante”, diz Paolo Zanotto, virologista e professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP. As “condições de propagação favoráveis” a que ele se refere são a chave para entender como a aids se tornou uma epidemia mundial – na verdade, uma pandemia – em tão pouco tempo.

Em primeiro lugar, no século 20, as cidades cresceram e o contato entre as pessoas aumentou. Ao mesmo tempo, o sistema de transporte melhorou: vírus capazes de matar humanos ganharam o luxo de viajar de avião e atravessar o mundo em pouco tempo, algo impensável há 100 anos.

E, por irônico que pareça, a própria medicina ajudou as epidemias a se espalharem. Transfusões sanguíneas e o uso maciço de injeções só passaram a acontecer em larga escala no século 20 e funcionaram como meios mecânicos de transmissão do HIV. Algumas tentativas de resolver esse problema – como a introdução de seringas descartáveis – muitas vezes tiveram resultado inverso. Por serem de plástico, essas seringas não podem ser fervidas ou esterilizadas, e, por conta da falta de recursos, muitas vezes são usadas mais de uma vez. Tudo indica que as grandes vacinações do século passado foram feitas com apenas poucas seringas – e, ao que tudo indica, continuam a ser reutilizadas até hoje em grande parte dos centros de saúde de países africanos como Chade, Suazilândia, Uganda e Costa do Marfim. Para piorar, a África Central mantinha nessa época campos de trabalhos forçados que funcionaram como centros de disseminação da aids, em que milhares de pessoas viviam em péssimas condições de higiene, na presença de prostitutas e sendo atendidas por pouquíssimos médicos e seringas.

Se o HIV já estava em circulação havia décadas, como ele só foi dar as caras na década de 1980? É que depois de cruzar a barreira entre espécies para seres humanos, o vírus teria levado um certo tempo para se adaptar e se espalhar a ponto de criar uma epidemia. Bem antes de a aids chegar ao Ocidente, ela já estava crescendo lentamente na África, sem nunca ter sido adequadamente analisada. Só algumas décadas depois, nos anos 70, ela chegou aos EUA onde foi pela primeira vez diagnosticada. Ainda não sabemos como isso aconteceu: há teorias que apontam, como porta de entrada na América, caribenhos que teriam viajado à África e trazido o vírus. O fato é que, capaz de esconder-se no organismo durante anos sem se manifestar, não é muito difícil que o vírus tenha silenciosamente viajado pelos continentes antes de ser detectado.

A grande epidemia
Um problema desse tamanho pedia uma solução à altura. Bilhões de dólares começaram a ser investidos em pesquisas de vírus e foi só então que começamos a entender os truques deles para vencer as defesas do nosso organismo. Os resultados de tantos gastos não foram um sucesso, mas também não foram um fracasso. Temos hoje um coquetel de remédios capaz de atacar ao mesmo tempo vários pontos fracos do HIV, uma estratégia essencial para encarar um parasita capaz de mudar rapidamente e driblar as tentativas de exterminá-lo. Os remédios conseguem reduzir em 99% o número de vírus no organismo, mas o pouco que falta faz a diferença entre a cura e a enfermidade – e é mais difícil de ser eliminado que todo o resto. Alguns retrovírus conseguem se manter inativos por anos dentro de células do sistema imunológico, sem serem afetados pelos anti-retrovirais. Parece até que a pessoa está curada, mas ela continua sendo capaz de transmitir o HIV através de relações sexuais. E, se o tramento anti-retroviral for interrompido, o vírus pode simplesmente acordar e contaminar todo o resto do organismo novamente.

Mas, se no começo da epidemia as pessoas contaminadas morriam pouco após os primeiros sintomas, hoje uma pessoa com HIV tem vários meios de evitar que a doença se manifeste. Tornou-se importante diferenciar uma pessoa soropositiva – que tem o vírus HIV no sangue – de alguém com aids, ou seja, que apresenta alguma deficiência no sistema imunológico. O sucesso dos tratamentos fez até anunciarem que a doença havia deixado de ser fatal para virar um mal crônico, como o herpes ou a diabetes: algo com o qual se tem que conviver mas que, tomados os devidos cuidados, não atrapalha muito a vida.

Essa é mesmo a realidade de muitos brasileiros, mas, nesse caso, nós somos uma feliz exceção. Apenas uma fração mínima da população mundial tem acesso ao tratamento com anti-retrovirais, que ainda é bastante caro. Só para se ter uma idéia, em 2005, o governo brasileiro gastou 800 milhões de reais com medicamentos para 170 mil soropositivos. Devido à atuação eficiente do Ministério da Saúde, todas as pessoas soropositivas podem ser acompanhadas por médicos, e as que têm necessidade de tratamento recebem gratuitamente o coquetel de drogas anti-retrovirais. Também existem postos em que qualquer um pode fazer, anonimamente, o exame de sangue.

Na maior parte do planeta, entretanto, quem tem o HIV muitas vezes morre sem ter acesso a qualquer medicamento. Segundo relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids (Unaids) apenas um em cada 10 africanos que precisam de tratamento recebe alguma assistência, enquanto na Ásia é um em cada 7. E de cada 10 pessoas portadoras do vírus no mundo, apenas uma fez o teste e sabe que está infectada. Sem prevenção, o HIV se espalha, e a África Subsaariana é o exemplo mais radical disso. A região, onde vive 10% da população mundial, concentra 60% de todos os portadores de HIV do mundo. Os números dão uma idéia da catástrofe: na Suazilândia, 43% da população está infectada pelo HIV, e em Botsuana, onde 37% da população está contaminada, a expectativa de vida caiu de 65 anos (entre 1990 e 1995) para 39 anos hoje, por causa da epidemia. “Nos países pobres, uma pessoa doente não tem condições de trabalhar e ainda precisa que seus parentes cuidem dela, o que desestabiliza a família. Alguns países em desenvolvimento viram a economia regredir 50 anos desde o começo da epidemia”, diz Renu Chahil-Graf, representante e coordenadora do Unaids no Brasil. Isso vira um círculo vicioso: com a família em frangalhos, crianças são obrigadas a sair da escola, deixam de aprender fatores de prevenção e se tornam mais suscetíveis a contrair o HIV. Em Botsuana, a previsão é que a diminuição da população economicamente ativa e o aumento no número de órfãos façam a renda per capita cair 13% nos próximos 10 anos. E as próprias crianças estão ameaçadas: a cada minuto, uma é infectada no mundo e outra morre em decorrência da aids.

Os próximos 25 anos
As perspectivas não são boas para quem sofre, além do HIV, de pobreza. Algumas previsões, principalmente para a África, são assustadoras: segundo o Unicef, nos próximos 5 anos o continente vai ter 18 milhões de crianças que perderam seus pais devido à aids. O Unaids afirma que, se não houver investimentos de longo prazo, o número de vítimas da doença pode chegar a 83 milhões em 20 anos, mais de 3 vezes o número total de vítimas do HIV até hoje no planeta.

“A grande esperança na luta contra a aids está nas pesquisas científicas, que podem trazer uma cura ou uma vacina”, afirma Renu Chahil-Graf. Existem boas notícias nesse campo. No final de 2005, uma equipe liderada por David Margolis, da Universidade da Carolina do Norte, EUA, afirmou que o ácido valpróico, uma droga usada no tratamento de epilepsia, parece ser capaz de obrigar os vírus latentes, aqueles que ficam inativos dentro do sistema imunológico, a se desentocar, o que os torna vulneráveis ao tratamento. Pode ser um atalho para a cura, mas, como em toda pesquisa nesse campo, é preciso ter cuidado. O próprio Margolis diz que esse é um resultado importante, mas que ainda são necessárias muitas outras pesquisas para avaliar o efeito desse ácido e transformá-lo em um remédio.

Em um futuro próximo, não há previsão de alcançarmos uma cura ou vacina. Nessa situação, o melhor a fazer é impedir que o vírus se espalhe. “Cada dólar que deixa de ser gasto em prevenção significa despesas muito maiores no futuro, em tratamento ou mesmo em perdas na força de trabalho do país”, diz Chahil-Graf. Os programas de maior sucesso são aqueles que atacam o problema em duas frentes: educam a população em métodos de prevenção e, ao mesmo tempo, investem em tratamento de quem já está doente. Não é muito óbvio, mas faz sentido: segundo a Organização Mundial da Saúde, a prevenção e o tratamento funcionam muito melhor em dupla. Nas muitas regiões onde não existem remédios ou há preconceito contra soropositivos, para que uma pessoa vai querer saber se tem ou não o vírus? A disponibilidade de tratamento funciona como um estímulo para que as pessoas façam o teste de HIV. Em uma região de Uganda, por exemplo, a chegada de remédios fez o número de testes aumentar 27 vezes. E, quanto mais cedo o HIV é detectado, menos se gasta em tratamento e mais dinheiro sobra para campanhas de prevenção, criando um círculo virtuoso.

Mas a lentidão com que essas medidas são adotadas faz com que, depois de 25 anos de batalhas, ainda estejamos perdendo a guerra contra a aids. Em algumas regiões, o preconceito contra soropositivos aliado a tabus sexuais que eliminam a possibilidade de sexo seguro tornam inviável introduzir medidas de prevenção. “Em sociedades em que há discriminação, as pessoas se recusam até mesmo a falar sobre aids e HIV”, diz Chahil-Graf. Pode ser que um remédio ou vacina mude a situação, mas, por enquanto, as melhores armas a nosso dispor são também as mais simples: testes de HIV, uso de preservativos e seringas descartáveis e mente aberta para aceitar os métodos de prevenção. Se não aplicarmos essas pequenas medidas, não teremos melhorado nada desde a época em que alguns homossexuais apareceram com um câncer raro nos EUA. E os próximos 25 anos serão ainda mais terríveis.




Nessa década, um vírus que costumava atingir primatas africanos, o SIV (vírus da imunodeficiência símia) infecta com sucesso o primeiro ser humano, dando origem ao HIV.

A era do sexo seguro

1930
1959
Primeiro caso documentado de morte por HIV. A identificação foi feita décadas depois, em uma amostra de plasma sanguíneo de um homem que morreu onde hoje é a República Democrática do Congo.
1981
Diversos casos de sarcoma de Kaposi e pneumonia atacando jovens gays americanos levam à conclusão de que se trata de uma nova síndrome. No final do ano, já eram 121 casos de pessoas mortas pelo novo mal.
1982
O Centro de Controle de Doenças dos EUA afirma que a doença deve ser causada por uma infecção e passa a chamá-la de aids. Define o grupo de risco como gays, hemofílicos, haitianos e usuários de drogas.
1983
Identificado o retrovírus HIV como o causador da aids. A descoberta foi, depois de muita polêmica, dividida entre Luc Montagnier, de Paris, e o americano Robert Gallo. Os primeiros casos são diagnosticados no Brasil.
1984
Nos EUA um garoto hemofílico de 13 anos, portador do vírus da aids, é expulso da escola, causando uma polêmica nacional. Identificados os primeiros casos de transmissão por relações heterossexuais.
1985
Criado o primeiro teste de sangue para detectar a presença de HIV. Ele funciona identificando os anticorpos para o vírus. Só então os bancos de sangue começam a testar as amostras doadas.
1986
Surge o primeiro remédio para o tratamento da aids, o AZT, que apresenta resultados bem limitados. Ele funciona bloqueando uma enzima essencial para a replicação do vírus, a transcriptase reversa.
1988
A Organização Mundial da Saúde (OMS) institui o 1º de dezembro como Dia Internacional de Luta Contra a Aids. A fita vermelha, símbolo da luta contra a doença, surgiria 3 anos depois.
1991
Uma década depois de ser descoberto, o HIV já infecta mais de 10 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde. No Brasil, o governo registra 11 805 casos da doença.
1996
Um tratamento conhecido como coquetel de drogas anti-retrovirais aumenta em vários anos a sobrevida das pessoas infectadas. O governo brasileiro passa a dar tratamento gratuito para quem tem aids.
2005
Em todo o planeta, 40 milhões de pessoas vivem com o HIV. Ao longo do ano, 5 milhões de pessoas foram infectadas com o vírus e 3 milhões morreram devido à aids. Dessas vítimas, 570 mil são crianças.

Quantas aids existem?

Várias, e nesse momento, dentro do organismo de alguém, pode estar sendo criada uma nova. É que a aids não é uma epidemia única: existem vários tipos e subtipos de HIV. Parte disso acontece porque o vírus passou dos macacos para homens mais de uma vez. “Foram pelo menos 3 focos. Uma dessas entradas deu origem ao HIV-2, que não veio do chimpanzé, como o HIV-1, mas do macaco-verde africano”, diz o virologista Paolo Zanotto. Temos de 8 a 10 subtipos do HIV-1, e o único lugar em que todos são encontrados é a África, o que reforça a teoria de que foi lá que começou a pandemia. Para piorar, essas variações se misturam. “Quando uma pessoa é infectada ao mesmo tempo por subtipos diferentes, os vírus trocam informações genéticas e criam recombinantes, que podem ser mais bem adaptados à transmissão heterossexual ou mais resistentes às drogas”, diz Zanotto. Acrescente a isso as mutações que o vírus sofre ao se replicar e verá por que é tão difícil dar um tiro certeiro contra a aids: o alvo é móvel.

Para saber mais

And the Band Played On: Politics, People, and the Aids Epidemic - Randy Shilts, Penguin, 1987
E a Vida Continua - Filme de 1993 baseado no livro And the Band Played On
The River: A Journey to the Source of HIV and Aids - Edward Hooper, Little Brown & Co., 1999
www.unaids.org - Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

10 superalimentos que ajudam a emagrecer

A liga cheia de poderes especiais derrota a balança e combate doenças


Lance mão dos alimentos certos

Dieta saudável é sinônimo de variedade no prato, como você já sabe. Mas que tal incluir nessa seleção alguns alimentos superpoderosos quando o assunto é combater os quilinhos a mais? Não, não é história de gibi: essa liga cheia de boas intenções existe e tem todos os seus mistérios revelados pelo oráculo de nutrição do Minha Vida, Roberta Stella.

Munida de todo seu aparato técnico, infalível contra qualquer gordurinha mais saliente, ela indica em primeira mão 10 delícias (entre elas, bebidas) favoráveis ao emagrecimento e à longevidade.

Mas atenção: esses heróis na luta contra o ponteiro da balança não conseguem nada sozinhos, trata-se de um trabalho de equipe. "Não é porque a maçã está na lista que você pode riscar todas as outras frutas do cardápio" , alerta Roberta sobre a importância de um menu balanceado.

Arroz integral: típico integrante das refeições dos brasileiros, o arroz tradicional deve ser substituído de vez pelo integral . Nessa versão, a película que reveste o grão é mantida e, com ela, são preservadas fibras, vitaminas e os minerais desperdiçados quando o arroz é polido. As calorias dos dois tipos são praticamente as mesmas.



Feijão: mais um tradicional participante do prato brasileiro, esse tipo de leguminosa é rico em proteínas livres de gordura saturada. O que isso quer dizer? Simples, comilança sem preocupações com os níveis de mau colesterol. Feijão no prato, colesterol em baixa


Peixes: são fontes de ômega-3, um tipo de gordura importante na composição da membrana celular. Também desempenha um papel relevante na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares. Portanto, conte com as poucas calorias dos peixes para manter o equilíbrio da balança e da saúde.


Granola: trigo e aveia integrais são a base dessa mistura que torna o café-da-manhã muito mais energético. Os cereais integrais mantêm o sistema de açúcar no sangue equilibrado, prevenindo o desenvolvimento do diabetes. A granola ainda melhora o funcionamento do intestino, previne doenças cardíacas e alguns tipos de cânceres.

Nozes: elas se destacam pelo alto valor nutricional: são ricas em proteínas, gordura insaturada, vitamina E, potássio e fibras. As nozes ajudam não só o emagrecimento, como a manutenção do peso. Só não exagere na dose, pois a ingestão excessiva pode levar ao ganho de peso. Elas rendem um ótimo lanche entre as refeições principais. Uma porção de seis unidades contém 115 calorias.

Maçã: 83% da composição dessa fruta é derivada da água, fazendo com que seu valor calórico seja baixo (a unidade tem apenas 60 calorias). A maçã ainda é rica em fibras, vitaminas, minerais e pobre em gorduras. Na hora do consumo, nada de descartar a casca. Ela é fonte de fibras e de diversos nutrientes.

Tomate: entre tantos benefícios, o tomate está relacionado à prevenção de cânceres como o de próstata, pulmão e estômago. A melhor forma para usufruir de todas as vantagens do legume é ingeri-lo cozido ou processado.

Água: ainda está para existir uma bebida que supere a qualidade da água. Além de despontar como líder no ranking dos hidratantes, ela é capaz de espantar a sensação de fome se consumida regularmente ao longo do dia desde, é claro, que você não pule nenhuma refeição. E o melhor de tudo é que ela não agrega nenhuma caloria à sua dieta


Poder diurético contra as toxinas


Chás: são ótimos estimulantes da função renal e ajudam a eliminar as toxinas com seu poder diurético. Durante a perda de peso, o chá favorece a pouca ingestão de alimentos, diminuindo
assim, as calorias totais do dia.


Leite desnatado: ele apresenta uma quantidade de gordura reduzida (e de calorias também), comparando à versão integral, e entra em cena contra a osteoporose, já que é uma excelente fonte de cálcio. Somando suas qualidades, o leite desnatado pode ser considerado um parceiro ideal para ficar de bem com a balança.

Fonte: Site Minha Vida

domingo, 6 de novembro de 2011

Exercício ajuda a driblar enxaqueca

Séries que variam braço e perna são ideais, porque fazem o sangue fluir e não se concentrar numa área

A enxaqueca atacou? Nada de se trancar no quarto com travesseiro na cabeça, se entupir de remédios e esperar passar. As dores intensas podem ser tratadas com simples exercícios físicos.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Cefaleia, Marcelo Ciciarelli, o exercício libera uma série de hormônios capazes de amenizar a dor. "Deve-se tomar cuidado apenas para realizar os exercícios corretos. Senão, pode piorar ainda mais a dor."

De acordo com o personal trainer Bruno Viguini, o ideal é evitar atividades que se concentrem na parte superior do tórax. "Séries que variem braço e perna são ideais para o caso, porque fazem o sangue fluir e não se concentrar em uma só área. Um trabalho eficaz de alongamento com controle respiratório também faz com que o sangue leve mais oxigenio e retire as toxinas do cérebro", afirma.

E se for estresse do trabalho? "Trabalhe a musculatura do pescoço, local onde se concentra muita tensão", explica Viguini.


A famosa tensão pré-menstrual (TPM) também é uma grande vilã quando o assunto é dor de cabeça. Nesse casos, o recomendável são atividades cardiovascular intensas. Corrida, bicicleta e aulas de circuito são os exercícios mais indicados.

A jornalista Ana Carolina Passos sofre de dores de cabeça com frequência. "Às vezes é resultado de estresse no trabalho. Mesmo não tendo problema de visão acho que forço muito a vista. Ficar o dia todo na frente do computador também não ajuda", diz.

Ana é aluna de Bruno e conta que tenta ir à academia quatro vezes por semana. Quando a dor ataca, ela avisa ao personal. "Falo que estou com dor de cabeça e ele muda a minha rotina de exercícios. Quando termino a dor foi embora", garante.

O exercício certo para cada sintoma

Enxaqueca:
Exercícios que possibilitam a vascularização do sangue, evitando trabalhar a parte superior do tórax. Alternância de exercícios de braço e perna são recomendados.

Estresse:
Exercícios que trabalhem do ombro à base da nuca, como pilates, alongamento, ioga e até dança. Ginástica laboral antes, durante ou depois do expediente de trabalho também é bem-vinda.

TPM:
Intensas atividades cardiovasculares, como corrida, spinning e aulas em circuitos.

Emagrecimento:
Musculação de alta intensidade é indicada para dores causadas por perda de peso.

Rafael Braz (A Gazeta)

sábado, 5 de novembro de 2011

Presbiopia. Quando os olhos entram na menopausa

A presbiopia - a popular vista cansada - é um sinal natural do envelhecimento e aparece para todo mundo


Empolgado, você passa a mão naquele livro favorito para dar continuidade a uma leitura interessante quando percebe que as letrinhas começam a parecer tão pequenas quanto as de uma bula de remédio. Depois de espremer os olhos e esticar os braços para tentar achar um ponto onde elas pareçam visíveis, você conclui que nada adianta. A presbiopia - a popular vista cansada - é um sinal natural do envelhecimento e aparece para todo mundo. A boa notícia é que dá para retardar, ao menos um pouco, a dificuldade de enxergar de perto.

Resistir ao máximo até recorrer aos óculos e exercitar os olhos lendo na maior distância que você conseguir são alguns caminhos. É o que recomenda o oftalmologista Kamel Kauerk Moysés.

"Contra esse problema não há nenhum tratamento eficaz. Mas para que ele não chegue tão cedo aos olhos, o melhor caminho é retardar ao máximo o uso do óculos de grau para perto", recomenda. Segundo ele, quando a pessoa opta cedo pelo óculos ela faz com que os músculos dos olhos deixem de ser estimulados e comecem a enfraquecer.


Outro passo é tentar, desde cedo, afastar o objeto de leitura dos olhos. "Normalmente lemos com uma distância de 35cm. Tentar aumentar esse espaço para, em média 40 a 42 cm, ou o máximo que a pessoa conseguir, vai forçar o músculos e exercitar mais a visão", diz o médico.

Vista cansada

A presbiopia também é conhecida como a menopausa dos olhos. Esse apelido se dá pois se trata de um distúrbio que surge, em média, a partir dos 40 anos. E, como explicam os especialistas, tal qual o fenômeno que atinge as mulheres, é impossível escapar da presbiopia. Independente do sexo, todas as pessoas um dia irão sentir nos olhos os efeitos do passar dos anos.

Os sintomas começam devagar, com a necessidade de uma distância maior para a leitura - a média normal é de 35 centímetros. E esse não é um problema que todos conseguem perceber rápido. O processo é lento e é causado pela diminuição da função do músculo, algo crescente com o passar dos anos.

O uso de óculos de grau é a alternativa mais usada, com lentes bifocais e multifocais. Há também duas opções de lentes de contato: as multifocais e a monovisão.

Quando as letras parecem sumir
Saiba o que é a presbiopia e o que fazer quando ela aparece

O que é. É a dificuldade de visão para perto a partir dos 40 - 45 anos de idade. Para ler com maior nitidez e conforto, é necessário afastar um pouco a leitura

Condição Natural. A presbiopia é uma condição natural que afeta todas as pessoas. É resultado do envelhecimento do cristalino, que funciona como uma lente, permitindo focalizar a visão para diferentes distantes

Tratamento. Não existe um tratamento difundido eficaz para a presbiopia, mas ela é compensada com o uso de óculos para perto. Recentemente surgiram algumas intervenções cirúrgicas

Aumento. A dificuldade inicial, que é ligeira, vai aumentando progressivamente até estabilizar por volta dos 60 - 65 anos, bastando trocar as lentes a cada dois anos, em média

Solução. Quem já tem outros problemas de visão pode optar pelas lentes multifocais, que permitem ver bem a todas as distâncias, usando apenas um óculos

Cirurgias já corrigem problema

Quem já sofre há tempos com o problema de vista cansada e não aguenta mais recorrer aos óculos para perto - aqueles que normalmente ficam escorados na ponta do nariz - , já pode comemorar o surgimento de cirurgias para tratar a presbiopia.

Hoje existem alguns tipos de intervenção que podem solucionar o problema de uma vez. Uma delas, ainda pouco utilizada, altera a curvatura da córnea, o que permite que os olhos consigam enxergar melhor a determinadas distâncias.

Em São Paulo, há dois anos o hospital Albert Einstein também oferece a cirurgia presbilasik, uma técnica ainda pouco difundida. A cirurgia altera o formato da córnea e também a profundidade do foco do olho.

Outra operação, esta bem mais comum, é voltada, apenas, para quem sofre de catarata. O cristalino opaco - lente natural do olho - é removido. Na sequência é implantada uma lente intraocular multifocal e artificial. "O procedimento livra o olho da catarata e devolve a visão de perto", esclarece o oftalmologista Kamel Kauerk Moysés.


FREDERICO GOULART - A GAZETA

Receita de Bombom de Morango


A padaria Benjamin Abrahão, em São Paulo, está comemorando a época do morango com uma série de novos doces.

Entre as receitas exclusivas criadas por Felipe Benjamin Abrahão estão o bombom de morango (R$ 3,50), o brigadeiro feito da fruta (R$ 3,10) e a rosca de chocolate com morango (R$ 19 o quilo).

Confira abaixo a receita do bombom de morango:

Divulgação
Bombom de morango comemora a temporada da fruta na padaria Benjamin Abrahão

Bombom de Morango
Receita de Felipe Benjamin Abrahão

Ingredientes:


800 g (ou duas latas) de leite condensado
1 caixa de morangos
200 g de margarina
800 g de chocolate meio amargo


Modo de Fazer:

Ferva o leite condensado até ponto de brigadeiro. Espere esfriar em uma vasilha na temperatura ambiente. Passe margarina na mão para não grudar o bombom, modele o leite condensado em torno do morango.
Derreta o chocolate em banho Maria e deixe esfriar na mesa para dar o choque. Coloque o chocolate em uma vasilha e cobra o morango com o leite condensado com o chocolate.

Espere esfriar e sirva.

Rendimento: 16 bombons

Serviço

Benjamin Abrahão
R. Maranhão, 220, Higienópolis, tel.: 0/xx/11/3258-1855
e
R. José Maria Lisboa, 1.397, Jardim Paulista, tel.: 0/xx/11/3061-4004