O GLOBOESPORTE.COM teve acesso ao documento, que também diz que o disparo foi feito de forma premeditada, agravando a situação desses dois torcedores. Os outros dez vão responder como cúmplices de crime de homicídio.
De acordo com o documento, “um grupo de brasileiros que assistia à partida, de forma premeditada e com intenção de causar dano, dispara de forma direta um artefato explosivo contra o menor Kevin Douglas Beltrán Espada, de 14 anos, causando-lhe a morte”. O protocolo da autópsia confirma que a causa do óbito foi o traumatismo craniano causado pelo impacto de um projétil cilíndrico de plástico.
Cleuter Barreto Barros foi preso com três sinalizadores, um deles de base amarela com tampa vermelha, de número de série idêntico ao artefato que atingiu Kevin. A marca do sinalizador é “Para Red Rocket MK8A”, modelo “Flare Signal HGS40 30000”. Já Leandro Silva de Oliveira foi encontrado com um sinalizador que não teve a marca identificada.
Em relação aos outros dez presos, a fiscal Abigail Saba firmou em documento que houve colaboração para que o autor do disparo e os restos do sinalizador fossem ocultados. De acordo com o inquérito, “há gravações em vídeo por vários canais de televisão que mostram os torcedores levantando uma bandeira, ocultando o disparo realizado e também os restos do projétil pirotécnico, que não são vendidos em todo o estado boliviano”.
Dessa forma, os 12 indiciados estão respondendo por homicídio. A lei boliviana prevê pena de 5 a 30 anos caso o delito seja intencional, e de 6 meses a 3 anos em caso de homicídio culposo, sem intenção de matar. Todos estão presos na Penitenciária de San Pedro, em Oruro, e aguardam julgamento de recurso para saberem se poderão responder às acusações em liberdade.
Fonte : g1.com
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