Um deles, publicado em 2009 no periódico Plastic and Reconstructive Surgery revelou que, entre os casos de ataques de cães que foram tratados no Hospital Infantil de Filadélfia (EUA) no período de 5 anos analisado pelos pesquisadores, quase 51% foram provocados por Pit Bulls, cerca de 9% por Rottweilers e 6% por mestiços das duas raças.
Outro, publicado no mesmo ano no American Journal of Forensic Medicine and Pathology, mostrou que Pit Bulls, Rotweillers e Pastores Alemães eram responsáveis pela maior parte dos ataques fatais de cães no estado americano de Kentucky.
Em 2011, autores de uma pesquisa publicada no Annals of Surgery relataram que “ataques realizados por Pit Bulls estão associados com maiores índices de morbidade, maiores custos hospitalares e maior risco de morte do que ataques de outras raças”. Para eles, “regulamentação rígida sobre [a criação de] Pit Bulls pode substancialmente reduzir os índices de mortalidade nos Estados Unidos relacionados com mordidas de cães”.
Por mais que o Pit Bull tenha a tendência de desenvolver um comportamento mais agressivo, muitas vezes o problema está no dono. De acordo com um estudo publicado em 2006 no Journal of Interpersonal Violence, donos de cães de raças “violentas” têm maior propensão a serem condenados por crimes agressivos, uso de drogas, abuso de álcool, violência doméstica e crimes envolvendo crianças e armas de fogo.
Em 2009, um relatório publicado no Journal of Forensic Sciences divulgou que “donos de cães violentos demonstraram significativamente mais comportamentos criminosos do que donos de outros cães”, além de demonstrar mais “busca por sensações e psicopatia primária”.
Dois anos mais tarde, nesse mesmo periódico, outro estudo mostrou que “donos de cães violentos mostraram significativamente mais pensamento criminoso, alegação de direitos, sentimentalismo e superotimismo. Foram presos, se envolveram em brigas e usaram maconha com mais frequência do que donos de outros cães”.
Uma possibilidade então é a de que, por serem mais violentos, esses donos escolham cães considerados violentos e acabem os tornando, de fato, mais violentos.
Raça (não tão) definida
O nome “Pit Bull” se refere, na verdade, a três raças diferentes (mas relacionadas): a American Pit Bull Terrier, a American Staffordshire Terrier e a Staffordshire Bull Terrier. As três foram criadas a partir de cruzamentos com raças para caçar animais grandes e proteger rebanhos.
Embora os Pit Bulls tenham uma mordida extremamente forte, não há evidências de que suas mandíbulas possuam algum tipo de “trava”, ao contrário do que sugere um mito muito comum a respeito desses animais.
Seja como for, é importante que os donos tenham muito cuidado para não incentivar um comportamento agressivo em seus cães. “Eu digo às pessoas logo de cara: se você quer um cachorro do tipo que vai ao parque, um cachorro que você pode simplesmente deixar solto, por favor não pegue um Pit Bull”, conta Ami Ciontos, fundadora e presidente do grupo Atlanta Underdog Initiative, que resgata Pit Bulls abandonados. “Quero ter certeza de que quem quer que adote saiba sobre a raça. Nós queremos que entendam o estigma dela e que cuidem muito bem do animal”. [LiveScience]
Eu não sou criador de pitbulls, mas sei que qualquer cachorro, quando criado com carinho, se torna carinhoso. Veja fotos e vídeos de um pitbull que visitei uma vez:
ResponderExcluirhttp://leandromd.blogspot.com.br/2012/05/pitbull-que-gosta-de-carinho.html