segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Funcionário público que sequestrou menina de 12 anos é preso em pousada de Pedra Azul


Funcionário público que sequestrou menina de 12 anos é preso em pousada de Pedra Azul
Os policiais militares descobriram o paradeiro de Reinaldo por meio de uma denúncia anônima


O funcionário público da Prefeitura de
Santa Maria de Jetibá, Reinaldo Schwambach
O funcionário público da Prefeitura de Santa Maria de Jetibá, Reinaldo Schwambach, 53 anos, acusado de sequestrar a menina Luana Potratz, 12 anos, e atirar na mãe dela, a agricultora Angélica Potratz, de 36 anos, foi preso na manhã desta segunda-feira (28), por volta de 7h40, em uma pousada de Pedra Azul.

Segundo o cabo Joaquim Cordeiro, que prendeu o funcionário público, os policiais militares descobriram o paradeiro de Reinaldo por meio de uma denúncia anônima."Fizemos o cerco no local e detivemos ele na porta do quarto, assim que ele saiu", contou Cordeiro.

A menina foi encontrada com Reinaldo no quarto. Ela foi encaminhada pelos policiais ao Conselho Tutelar de Domingos Martins. O funcionário público foi levado para a delegacia de Santa Maria de Jetibá.

Entenda o caso

Desde o Natal Schwambach estaria passando mensagens para o celular da menina dizendo que a amava e que queria ficar com ela. Os pais da menina chegaram a procurar a delegacia da cidade para contar o que estava acontecendo e pedir orientação.

“Na época, o delegado disse que eram só mensagens, que não dava para fazer nada com ele. Só se ele colocasse a mão nela”, reclamou o pai da menina, Leonildo Potratz.

Sequestro

Por volta das 15h30, na localidade de Rio Possmoser, cerca de 15 quilômetros do Centro de Santa Maria, segundo a polícia, o funcionário público e um comparsa invadiram a residência da família de agricultores. Armado com um revólver calibre 44, o homem atirou três vezes contra a mãe da adolescente, que tentava defender a filha, recusando-se a entregar a menina.

Ao perceber que os homens queriam levá-la à força, Luana correu e tentou se esconder na casa de vizinhos. Depois de atirarem na mãe da garota, os homens arrombaram a porta da casa onde a menina se escondeu e a sequestraram. Eles fugiram num Fiat Strada cinza, em direção à sede da cidade.

Mãe da menina está internada

Angélica Potratz foi atingida por três tiros. Segundo informações repassadas à polícia, ela conseguiu dizer que os tiros foram disparados por Reinaldo Schwambach. Uma amiga da família, que a acompanha no hospital, disse que a agricultora está preocupada com a filha. Ela ainda não sabia do sequestro da garota.

“Ela está preocupada com a filha, mas não sabe que ela foi levada”, disse a vizinha.

Ainda de acordo com a amiga, Reinaldo disse que mataria todos ao invadir a casa.

“’Eu vou matar a família toda, porque eu quero a menina de qualquer jeito’, ele disse”, contou a amiga.

A agricultora foi atingida no pescoço e nas costas. Uma das balas ficou alojada no pulmão. Ela será operada nesta segunda-feira para a retirada da bala.



"Me apaixonei, fazer o quê?", diz servidor que sequestrou menina

Demonstrando frieza e sem nenhum tipo de arrependimento, o funcionário público Reinaldo Schwambach, 54 anos, contou que sequestrou a estudante de 12 anos, em Santa Maria de Jetibá, por ter se apaixonado por ela. "Me apaixonei, fazer o quê?". A declaração foi dada enquanto ele estava detido no Departamento de Polícia de Pedra Azul. Reinaldo foi preso na manhã desta segunda-feira, em uma pousada no próprio distrito.

Em dezembro do ano passado ele passou a enviar mensagens de texto para o celular da garota. No dia 25, o servidor chegou a enviar uma cesta de Natal para ela. Reinaldo é casado há 35 anos e tem seis filhos. As atitudes que ele vinha tendo com a menina chegaram a incomodar a esposa, de 49 anos. No domingo pela manhã, o casal discutiu por causa do fato.

"A minha mulher mandou eu decidir. Ela falou pra eu ir lá e conversar com o pai e a mãe dela. 'Se eles aceitarem você fica com ela. Se não, você fica comigo'. Eu fui", disse.

Ao chegar à casa onde a menina morava com os pais, a cerca de 15 quilômetros do Centro de Santa Maria de Jetibá, o funcionário público pediu para falar com o pai dela. A mãe, nervosa, mandou Reinaldo sair do local imediatamente.

"Ela bateu a porta. Eu, com a arma na mão, empurrei a porta e a arma disparou", diz.

A mãe da menina permanece internada em estado grave no Hospital São Lucas, em Vitória.



Fonte: A Gazeta

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