domingo, 15 de maio de 2011

Como rejuvenescer: conheça oito maneiras de o conseguir

Qual é o segredo de uma boa saúde?


Ter bons genes e evitar factores de risco como o fumo, a bebida e os alimentos com alto teor de colesterol é importante. Mas não é tudo. Muitos cientistas crêem que deveríamos também cultivar os traços de personalidade e os hábitos de saúde que nos mantêm bem. Eis oito coisas que poderemos fazer pelo nosso corpo e que nos ajudarão a permanecer de boa saúde, parecermos e sentirmo-nos mais novos e vivermos mais tempo:

1.«Make love, not war.»
Os casais que normalmente se zangam e se tornam hostis ao falarem dos seus problemas apresentam geralmente níveis de tensão arterial e de problemas cardíacos mais altos que aqueles que os resolvem com compreensão e sentido de humor. As zangas afectam ainda o sistema imunológico de ambos os cônjuges num período que pode ir até 24 horas depois da discussão.


Pelo contrário, um casamento feliz poderá proteger-nos a saúde. Normalmente os homens que apresentam um alto risco de virem a contrair doenças cardíacas têm 20 vezes mais hipóteses de vir a sofrer de dores no peito que aqueles que apresentam um baixo risco. Mas, misteriosamente, alguns dos homens que apresentam muitos problemas de saúde (altos níveis de colesterol, diabetes e hipertensão) continuam quase sempre sem ter dores no peito. Porquê? Há uma explicação possível: têm mulheres dedicadas, que os apoiam em todas as situações.

Quando fazemos amor, o nosso corpo pode beneficiar ainda mais. A actividade sexual pode reciclar o sistema imunológico, aumentar a resistência à dor (aliviando assim dores de cabeça e artrites crónicas), actuando ainda como um sedativo e protector natural contra o stress. As pessoas que têm uma vida sexual activa são menos ansiosas e hostis, sendo ainda mais saudáveis do ponto de vista físico que as pessoas sexualmente inactivas. O sexo, é talvez a melhor medicina preventiva e curativa que existe.

2. Vacine-se.
Os adultos que não foram vacinados contra o sarampo, a papeira e a rubéola em pequenos correm o risco de apanhar estas doenças infantis. A imunização dos adultos deveria receber a mesma prioridade que a das crianças. Todos os anos, morrem em todo o mundo milhares de adultos com gripe, pneumonia, hepatite B e problemas dela derivados e outras doenças que podem geralmente prevenir-se com uma simples vacina.
Muita gente acredita, erradamente, que a vacina contra a gripe ou provoca a doença ou simplesmente não produz efeito. Mas, na realidade, esta vacina protege da doença entre 70 e 90% dos jovens adultos e crianças, reduzindo ainda drasticamente os riscos de hospitalização e morte dos mais velhos. Apenas 10% das pessoas registam efeitos secundários ligeiros, como dores de cabeça e febres baixas - um preço baixo a pagar pelo salvamento de cerca de 20 000 vidas por ano.

Recomenda-se também uma vacina contra a pneumonia para quem já ultrapassou os 65 anos ou sofra de doenças pulmonares, cardíacas ou apresente deficiências no sistema imunitário. Evitar-se-á assim o aparecimento da doença em 60% dos vacinados. Todos os anos, são infectados pelo vírus da hepatite B, uma doen­ça do fígado que é transmitida pelo sangue e por contactos íntimos, provocando doenças crónicas como a cirrose e o cancro do fígado entre milhares de pessoas.

Tal como acontece com a sida, o risco de contrair hepatite B é maior entre os consumidores de droga que se injectam, homossexuais e heterossexuais sem companheira fixa. Mas dada que um terço dos casos ocorre em pessoas sem factores de risco conhecidos, todos deveríamos ser vacinados.

3. Seja sociável.
A maioria das pessoas robustas e com vitalidade cultiva fortes amizades e gosta do seu semelhante. Ter uma rede formada por uma família e um grupo. de amigos que nos apoie é um factor que tem vindo a ser associada à redução. dos problemas da gravidez (e partos menos prolongados), ao aumento dos níveis de imunidade e a uma maior força para se deixar de fumar, manter um programa de exercícios e até mesmo para sobreviver ao cancro.

As mulheres com cancro da mama com metástases que participam em reuniões semanais de apoia vivem geralmente duas vezes mais que aquelas que apenas recebem tratamento médico. Quando atravessamos uma fase difícil a falta da apoia das outras pessoas constitui um factor de risco para a saúde, tal como o hábito de fumar ou a falta de exercício. Os adultos que se dão menos com as outras pessoas são também aqueles que correm o maior risco de vir a morrer de doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, cancro e outras enfermidades.

4. Durma o suficiente.
Nas alturas em que trabalhamos com maior afinco, é fácil esquecermo-nos de que o nosso corpo também necessi­ta de repouso. Mas um período moderado de sono (de sete a nove horas diárias) ajudar-nos-á a sentirmo-nos melhor e a ficarmos com melhor aspecto. Se não dormirmos, sentimo-nos mal e cansados e também com uma forma negativa de encarar a vida. Dormir o suficiente também tem sido associado à longevidade. Geralmente as pessoas que dormem seis ou menos horas por noite apresentam uma taxa de mortalidade 70% superior à daquelas que dormem sete ou oito horas. Algumas investigações apontam para a existência de uma ligação entre o sono profundo e o sistema imunológico. Diversos químicos mergulham-nos no sono de ondas lentas (o tipo de sono mais profundo e que mais nos faz descansar), ao mesmo tempo que colocam o sistema imunológico em acção.

5. Preste atenção ao seu corpo.
O nosso corpo «fala» constantemente conosco através das dores e daquele vago sentimento a que chamamos intuição. Tome atenção. As pessoas que tomam atenção aos sinais do corpo são menos propensas a adoecer que aquelas que ignoram os problemas. Por isso, se o seu corpo lhe enviar uma mensagem em forma de sintoma, dê-lhe atenção.

6. Faça aquilo de que gosta.
O stress provocado por não gostarmos daquilo que fazemos pode fazer-nos parecer gastos e exaustos, podendo dar igualmente origem a uma grande quantidade de doenças. Metade das pessoas cujos empregos as submetem a grande pressão sofrem frequentemente de dores de cabeça, constipações, indigestão, bronquite e pneumonia. Muitas vezes temos dores de coluna, cabeça ou problemas de estômago durante os dias úteis. Chega então o fim-de-semana e estes sintomas desaparecem misteriosamente, regressando na manhã de segunda-feira. As pessoas com dez anos de stress no local de trabalho enfrentam um risco dez vezes maior de contrair cancro rectal e do cólon que as outras. E se detestamos o nosso emprego mas não podemos dar-nos ao luxo de nos despedirmos? Um emprego, para nos realizar, deve oferecer-nos variedade e desafios. O facto de um empre­go oferecer ou não variedade depende mais da forma como o encara­ mos que das condições de trabalho propriamente ditas.

7. Faça uma dieta mediterrânica.
George Bernard Shaw disse certa vez: «Não existe amor mais sincero que o amor pela comida.» No entanto, hoje em dia é-nos tantas vezes dito que aquilo que comemos é mau para a saúde que se torna difícil apreciarmos realmente uma refeição.

Que deveríamos então fazer? Descontrair-nos e comer como os povos que vivem nas Imediações do Mediterrâneo. Apesar das vantagens da dieta mediterrânica, ninguém sabe ao certo quais os ingredientes que a tornam saudável. Tanto pode ser a abundância de cereais integrais, como de frutos e vegetais frescos, as baixas doses de carne vermelha ou mesmo as elevadas doses de alho (que pode aumentar o bom colesterol e reduzir o mau.

O azeite, que também reduz o mau colesterol, é um ingrediente controverso na dieta daqueles povos: alguns especialistas defendem que todos os tipos de gordura prejudicam a saúde, mas outros, pensam que o azeite poderá ser benéfico, principalmente quando substitui gorduras saturadas. Por isso, aconselham­nos a, mais do que nos preocupar­ mos sobre se teremos posto demasiado azeite no esparguete, apreciar­ mos o nosso jantar, dando depois um passeio higiênico.

8. Cuide da sua alma.
São cada vez mais as provas que relacionam a crença em Deus com a boa saúde física. Vários estudos revelam-nos que, os praticantes apresentavam menores taxas de doenças, desde a hipertensão e as doenças cardíacas até à tuberculose e ao cancro do útero. Pode ser que o ser­se religioso leve a um tipo de vida mais saudável e que nos permita obter mais apoio dos outros ou diminua os efeitos do stress. Ou também pode ser que a esperança e o optimismo estimulem o sistema imunológico.

Em poucas palavras, uma saúde forte (algo de determinante para que aparentemos ser e nos sintamos vários anos mais novos), requer mais do que seguir uma rígida lista de instruções. Também é importante que atinjamos um estado de espírito exuberante, divertido e cheio de esperança. Os cientistas encontram cada vez mais provas da verdade das palavras do pianista Arthur Rubinstein, quando afirmou: «Descobri que se amarmos a vida, ela corresponderá ao nosso amor.» E Rubinstein viveu até aos 95 anos!