O furacão Katrina, que hoje tocou terra pelo sul do Estado americano da Louisiana, rebaixou sua categoria, mas continua sendo "extremamente perigoso".
O furacão Igor chegou as arquipélago das Bermudas no domingo 19/09/2010, com ventos de 140 quilômetros por hora, ondas e chuvas.
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, com sede em Miami, rebaixou de 5 (a maior categoria na escala Saffir-Simpson) para 4 o Katrina, que passou hoje a 65 quilômetros ao sudeste de Nova Orleans e a 105 ao sudoeste de Biloxi (Mississippi).
O pior furacão registrado desde 1900 até o momento na América Central e no Caribe foi o Mitch, que matou mais de dez mil pessoas em outubro de 1998. Três milhões de pessoas foram afetadas pelo Mitch, desencadeando uma grande operação de ajuda internacional.
Os furacões mais devastadores que chegaram a afetar território dos Estados Unidos desde 1985 foram os seguintes: -Novembro de 1985.- Furacão Kate. Afetou Golfo do México, Panamá, Cuba, Jamaica e Flórida (EUA). Deixou 15 mortos e milhares de pessoas tiveram de ser evacuadas.
-10 de setembro de 1988.- Furacão Gilbert. Castigou o sudeste de México, Jamaica, Guatemala, Nicarágua, Texas (EUA) e Cuba, deixando 350 mortos e US$ 8 bilhões em prejuízos.
-16 de setembro de 1989.- Hugo afeta Porto Rico, causando 10 mortos e US$ 600 milhões em prejuízos.
-23 a 26 de agosto de 1992.- Furacão Andrews. Atinge o arquipélago das Bahamas, a Flórida e a Luisiana (EUA), com um saldo de 44 mortos e US$ 30 bilhões em prejuízo.
-16 de setembro de 1995.- Furacão Marilyn. Chega às Ilhas Virgens e a Porto Rico (EUA). Quatro pessoas morrem.
-3 a 5 de outubro de 1995.- Furacão Opal. Atinge as costas do sudeste e o Golfo do México, a Flórida, o Alabama e a Geórgia (EUA); 35 pessoas morrem e 150.000 são atingidas.
-10 de setembro de 1996.- Furacão Hortênsia (Porto Rico). Sua passagem deixou 14 mortos e 10 desaparecidos.
-3 de setembro de 1998.- Furacão Earl. Chegou ao nordeste da Flórida, matando uma pessoa e deixando outras três desaparecidas.
-21 a 26 de setembro de 1998.- O furacão Georges mata mais de 350 pessoas ao passar por Haiti, República Dominicana (onde houve a maioria das vítimas), Cuba, Porto Rico e sul da Flórida. Prejuízos de milhões de dólares e centenas de milhares de pessoas afetadas.
-14 a 16 de setembro de 1999.- Furacão Floyd. Quarenta e cinco mortos em uma ampla faixa do nordeste dos EUA, principalmente na Carolina do Norte e Nova Jersey.
-18 a 19 de setembro de 2003.- Furacão Isabel. Vinte e oito mortos e prejuízos superiores a US$ 2 bilhões de dólares na costa Leste dos Estados Unidos.
-13 ao 14 de agosto de 2004.- Furacão Charley. Vinte e sete mortos - quatro deles em Cuba e 23 na Flórida (EUA) -, centenas de milhares de danificados e prejuízos de US$ 17,5 bilhões.
-7 de setembro de 2004.- Furacão Frances. Atinge as Bahamas, a Flórida e a Geórgia (EUA); deixou 16 mortos.
-10 a 15 de setembro de 2004.- O furacão Ivan deixa 82 mortos ao passar por Caribe, sul dos EUA e norte da Venezuela. A maior parte das vítimas eram de Granada e Jamaica.
-17 de setembro de 2004.- Tempestade tropical Jeanne. A ONU elevou a pelo menos 1.330 os mortos e 1.056 os desaparecidos no Haiti, seis mortos na Flórida e pelo menos 22 na República Dominicana. Além disso, deixou mais de mil feridos e mais de 250.000 danificados na região.
-12 de julho de 2005.- O furacão Dennis deixa 45 mortos, 16 desaparecidos e 15.000 afetados no Haiti, aonde chegou após deixar um balanço de 8 mortos no sudeste dos EUA (principalmente na Flórida). Em Cuba, o Dennis causou 16 mortos e cerca de US$ 1,4 bilhão em prejuízos.
-25 a 29 de agosto de 2005.- Furacão Katrina, deixa nove mortos e destruição no sul da Flórida, antes de entrar de novo em território dos EUA, pela Louisiana. [Terra]
Aquecimento de 2ºC poderá multiplicar furacões extremos por dez
Um aquecimento de 2 graus Celsius da Terra poderá multiplicar por dez a quantidade de furacões de grande intensidade, revelou o estudo de um meteorologista dinamarquês publicado nos Estados Unidos.
"Se a temperatura aumentar um grau, a frequência de furacões extremos aumentará de três a quatro vezes; e se o clima do planeta ficar dois graus mais quente, a quantidade destes fenômenos será 10 vezes maior", afirmou Aslak Grinsted, do Instituto Niels Bohr, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, que se baseia em um modelo de previsão que leva em conta a evolução das temperaturas no planeta.
"Isto significa que haverá um furacão da potência do Katrina a cada dois anos" e não a cada 20 anos como acontece agora, destacou o estudo, publicado no periódico Pnas.
Pesquisas anteriores já tinham constatado a relação entre a frequência das tempestades tropicais e os furacões com o aquecimento global.
O Katrina, um furacão de categoria 5 na escala Saffir-Simpson, a máxima, com ventos de 280 quilômetros por hora, devastou Nova Orleans em 2005, tornando-se o desastre natural mais caro da história dos Estados Unidos e o quinto mais mortal.
"Nosso modelo diz que um aquecimento de apenas 0,4 grau corresponde a uma duplicação da frequência de furacões como o Katrina", explicou o cientista.
Ele destacou, ainda, que o nível dos oceanos vai aumentar com o aquecimento que implica no degelo acelerado das geleiras polares, sobretudo na Antártica. Esta elevação das águas também vai amplificar a potência dos furacões tornando-os potencialmente mais destrutivos.
Os ciclones tropicais obtêm energia do calor da superfície do oceano combinada com a evaporação da água.
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