O planeta Terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos, e nestes anos já viu muitos dias ruins (realmente ruins, com colisões planetárias, chuvas de fogo, gelo de polo a polo, nuvens tóxicas e tudo o mais). Confira sete dos piores dias que o globo já passou:
7. O impacto com Theia
A formação do planeta Terra foi um período de grandes impactos.
O que era um anel de gás e poeira foi formando “grumos”, que por sua vez se juntaram para dar forma ao planeta. Depois de alguns milhões de anos, a crosta da Terra já havia esfriado e solidificado, quando uma aproximação com um outro planeta acabou da pior forma possível: em uma colisão que lançou a atmosfera e parte da crosta terrestre no espaço.
O que era um anel de gás e poeira foi formando “grumos”, que por sua vez se juntaram para dar forma ao planeta. Depois de alguns milhões de anos, a crosta da Terra já havia esfriado e solidificado, quando uma aproximação com um outro planeta acabou da pior forma possível: em uma colisão que lançou a atmosfera e parte da crosta terrestre no espaço.
O planeta hipotético que teria colidido com a Terra no início da sua “vida” recebeu o nome de Theia, e teria se formado ao mesmo tempo que o nosso, na mesma órbita. Com 10% da massa da Terra, mais ou menos o tamanho de Marte, o núcleo de Theia afundou e se tornou parte do núcleo terrestre, enquanto um pedaço de sua crosta se misturou a nossa crosta e também à massa que entrou em órbita.
Essa massa que entrou em órbita formou primeiro um disco de matéria, como os anéis de Saturno, e depois se agregou em um novo corpo, a lua. Com sua órbita inclinada, o satélite estabilizou a rotação da Terra que, sem o seu constante puxão gravitacional, estaria sujeita ao dos outros planetas, o que desestabilizaria seu eixo.
6. O intenso bombardeio tardio
Levou cerca de 150 milhões de anos para a crosta terrestre resfriar e se solidificar novamente, quando outro “dia ruim” chegou: o intenso bombardeio tardio.
Por alguma razão desconhecida, depois que os planetas rochosos já estavam formados (e por isto o nome de “tardio”), uma chuva intensa de trilhões de asteroides e cometas atingiu o sistema solar interior. As causas podem ser alguma instabilidade nas órbitas dos gigantes gasosos, embora existam outras hipóteses.
Neste bombardeio, asteroides imensos atingiram o planeta. Alguns cientistas supõem que foi um período em que a vida se formava para em seguida ser apagada por um asteroide, e isto teria se repetido várias vezes.
Mas não há evidências na crosta terrestre deste bombardeio, que durou cerca de 200 milhões de anos. Qualquer cratera da época, cerca de 4,1 bilhões de anos atrás, foi apagada pela erosão.
As evidências deste bombardeio estão na lua, que tem algumas de suas maiores crateras datando daquela época. Qualquer chuva de asteroides que tenha atingido o satélite naquela época certamente atingiu a Terra também, além de Vênus, Mercúrio e Marte.
Mas há um ponto positivo no intenso bombardeio tardio. Alguns cientistas especulam que os metais que utilizamos hoje, entre eles platina, prata e ouro, foram depositados por estes asteroides, já que os metais que faziam parte do planeta teriam mergulhado para seu centro durante a fase em que a Terra estava liquefeita.
5. Terra bola de neve
Concepção artística da evolução da Terra até se tornar uma ''bola de neve'' |
Durante uma era do gelo típica, as geleiras avançam dos polos em direção ao equador, atingindo, do lado norte, as regiões que hoje correspondem à Nova Iorque, nos Estados Unidos, e Paris, na França. Mas quando aconteceram os eventos “Terra bola de neve”, toda a superfície do planeta congelou, de polo a polo.
Os piores episódios de congelamento do planeta teriam acontecido primeiro a 2,4 bilhões de anos, e depois, 600 milhões de anos atrás. Não há evidências diretas destes períodos de congelamento, mas a hipótese da Terra congelada explica porque há depósitos de glaciares em áreas que já foram o equador do planeta.
E o que teria causado este cataclismo gelado? Talvez a própria vida. Quando surgiu a vida, o gás que ela respirava era metano, um gás de efeito estufa, que teria mantido o planeta aquecido até que surgiu a clorofila na Terra, e os microrganismos passaram a produzir oxigênio.
O oxigênio oxidou o metano e produziu dióxido de carbono, e as criaturas que viviam de metano morreram na assim chamada catástrofe do oxigênio. O desaparecimento da camada de metano acabou com o efeito estufa da época, e o planeta congelou.
A era do gelo provavelmente acabou por causa da atividade vulcânica do planeta, que era mais intensa na época, o suficiente para descongelar o planeta.
Curiosamente, depois de ambos os períodos de congelamento, a vida floresceu no planeta com vigor renovado, causando a diversificação de vida microbiana 2,4 bilhões de anos atrás, e a vida animal 600 milhões de anos atrás.
O campo magnético da Terra quase não se modificou nos últimos dois bilhões de anos, o que confirma a hipótese, até agora difícil de ser verificada, de que o planeta azul já foi uma gigantesca "bola de neve", segundo um estudo publicado na edição desta quinta-feira da revista "Nature".
O geólogo americano David Evans, da Universidade de Yale, em New Haven (Connecticut), coletou uma rica amostra de dados globais sobre o geomagnetismo das rochas salinas de várias épocas, chegando até o Proterozóico (era que precede o aparecimento das formas de vida complexa na Terra).
Segundo ele, as propriedades magnéticas dessas rochas sugerem que, assim como hoje, o campo magnético da Terra foi formado principalmente em torno de um eixo bipolar. Disso se deduz que, no Neoproterozóico (última era do Proterozóico, entre menos de um bilhão e 540 milhões de anos atrás), a Terra parecia uma "bola de neve".
Sabe-se que esta última corresponde a um período glacial nas regiões equatoriais da Terra. Segundo alguns cientistas, as outras regiões também estavam cobertas de gelo. Mas há quem acredite que o fenômeno era localizado e poderia ser explicado por uma mudança da obliqüidade do nosso planeta: a obliqüidade é o ângulo entre o eixo de rotação da Terra e a perpendicular ao plano da órbita terrestre em torno do Sol, que determina as partes fria e quente do planeta.
Hoje, a obliqüidade terrestre é de 23,5 graus, os pólos são as áreas mais frias e as regiões equatoriais são as mais quentes. Mas, se esta inclinação ultrapassasse os 58 graus, a situação ficaria invertida: os pólos seriam quentes e o equador, frio.
Em outros termos, no caso de uma alteração dessa ordem, o gelo teria se concentrado perto do equador. O magnetismo das rochas salinas analisadas por Evans, originárias de depósitos geológicos situados entre 10 e 35 graus de latitude, não reflete nenhuma mudança de obliqüidade.
Para o geólogo americano, o planeta deve ter sido uma gigantesca "bola de neve" uniforme, ao contrário dos outros períodos frios em que o gelo recobria, em graus diversos, apenas as altas latitudes.
4. A extinção ordoviciana
Durante o Período Ordoviciano, a maioria era a vida no mar, então foram criaturas do mar, como os trilobites, braquiópodes e graptolitos que foram drasticamente reduzidos em número. Ao todo, cerca de 85% da vida marinha foi exterminada. Uma idade do gelo tem sido acusada de extinções - um enorme lençol de gelo no hemisfério sul provocando alterações climáticas e uma queda no nível do mar, e mexeu com a química dos oceanos. 99% de todas a espécies que já existiram estão extintas, a maioria por causa de eventos de extinção em massa. O primeiro destes aconteceu durante o período ordoviciano,450 milhões de anos atrás.
De todas as extinções em massa, a do ordoviciano é a mais misteriosa. Como ela aconteceu há mais tempo do que todas as outras, as pistas sobre o que ocorreu são as mais tênues.
A princípio, os cientistas acreditaram que a extinção foi causada por uma era do gelo, mas uma nova hipótese está se formando: a de que a Terra foi banhada por um disparo de raios gama. Este tipo de evento acontece quando uma estrela explode ao longo de seu eixo, nas duas direções, norte e sul.
Um disparo de raios gama que atingisse a Terra vaporizaria 1/3 da camada de ozônio, expondo os seres vivos à doses letais de radiação e à radiação UV, prejudicial a nós. Além disso, o raio gama romperia as moléculas de nitrogênio e oxigênio, produzindo um nevoeiro de dióxido de nitrogênio, o que causaria um desastre secundário – uma era do gelo.
Não há certeza se a suposta era do gelo foi causada por um disparo gama, mas é certo que as criaturas vivas que se arrastavam na superfície e camadas mais altas do oceano sofreram um decréscimo enorme, sugerindo que foram mortas por raios UV.
Outra hipótese mais fantástica é a de que a Terra sofreu as consequências de uma onda de choque. A galáxia viaja por um fluxo de gás intergaláctico, e quando a Terra afasta-se acima ou abaixo do disco galáctico, é exposta a raios cósmicos causados pelo aquecimento deste gás na onda de choque à frente do sistema solar.
Isto acontece a cada 64 milhões de anos, o que corresponde a uma diminuição e aumento da biodiversidade da vida a cada 62 milhões de anos, que aparece no registro fóssil. Estarão ligados, estes eventos? É uma hipótese que ainda está sendo desenhada e não foi testada, mas parece poder explicar algumas extinções em massa na Terra.
3. A extinção KT (A Extinção Cretácio Paleogeno)
A extinção KT (do nome das camadas que ela separa, o Cretáceo e o Terciário) é a mais famosa. Aconteceu há 65 milhões de anos e foi causada pela queda de um asteroide, Chicxulub, na região do Iucatã que tem o mesmo nome. Ela liquidou os dinossauros e abriu caminho para o domínio dos mamíferos.
Quem nunca ouviu falar no grande corpo que atingiu a Terra há milhões de anos, que varreu com grande parte da vida, principalmente dos gigantes que aqui reinavam? É, realmente este é um dos eventos catastróficos mais famosos, porém, a idéia de que um único impacto tenha causado tamanha destruição está indo por água abaixo.
Se pudéssemos voltar no tempo 65 milhões de anos, veríamos um mundo bem diferente desse que conhecemos. Seria uma época onde não veríamos bandos de antílopes, e sim bandos de triceratopes. Os dinossauros reinaram na Terra por cerca de 200 milhões de anos, até que algo exterminou 2/3 da vida na Terra.
Há 65 milhões de anos, uma rocha do tamanho do monte Everest teria se chocado com o nosso planeta, mais precisamente na península de Yucatan, onde seria hoje em dia, o México. O impacto causou uma gigantesca devastação, primeiramente local, mas que depois, se espalhou por todo o globo. O impacto em si, não foi o grande problema, e sim, o que veio depois. A nuvem de poeira que cobriu a atmosfera, chuvas ácidas, e vários outros fatores fizeram uma grande reação em cadeia. A luz do Sol que não atingia a superfície terrestre acabou com grande parte da flora, que desencadeou a morte dos grandes herbívoros, e consequentemente, de seus predadores. Há uma grande cratera submersa em território mexicano que comprova o impacto de um grande objeto, assim como grandes depósitos de iridio de origem extra terrestre.
Hoje em dia, novas evidências apontam que há milhões de anos antes da Extinção Cretáceo Paleogeno ( ou extinção KT), grandes vulcões próximos ao que seria hoje o sudoeste indiano (Deccan Traps em inglês), ejetavam toneladas e toneladas de magma, o que criou uma crosta gigantesca naquele local. Isso fez com que muito gases se acumularam na atmosfera, alterando aos poucos o clima do mundo todo.
Como se não bastasse a colisão de um asteróide ou de um cometa na Península de Yucatan e a grande atividade vulcânica das Deccan Traps, um grupo de cientistas apontam ainda que a Terra foi bombardeada por não apenas um asteróide, mas sim, por vários deles. De acordo com eles, o impacto de Yucatan não foi o maior, mas sim o melhor registrado. Suportando esta hipótese, existe uma cratera com tamanho de 595 quilômetros na costa da Índia que se chama Cratera de Shiva, sendo mais de 3 vezes maior do que a cratera de impacto de Yucatan, porém, ainda não há provas suficientes de que realmente trata-se de um impacto.
Apesar de ter aniquilado a vida dos dinossauros, a Extinção KP foi responsável pela prosperidade da vida dos pequenos mamíferos, que na ausência dos grandes répteis, puderam se espalhar pelo planeta. Podemos talvez, até arriscar dizer que se não fosse a Extinção KP, nós, seres-humanos, poderíamos nem sequer existir.
E para quem está se perguntando se poderemos ter o mesmo fim dos dinossauros, a resposta é sim. A passagem do asteroide 2012 DA14 e a explosão do meteoro sobre a Rússia servem de aviso – isto pode acontecer novamente. Foguetes e tecnologia serão suficientes para nos salvar?
2. A Grande Mortandade
Esta é a maior extinção em massa do planeta Terra, e uma que ainda tem mistérios não resolvidos. Aconteceu a 250 milhões de anos atrás, e resultou na morte de 95% de todos os seres vivos que haviam no planeta. Mais vidas morreram então do que em qualquer tempo antes e depois, até hoje.
Durante décadas, os cientistas procuraram por pistas para a causa de tanta morte, e um dos culpados supostos seria um supervulcão da Sibéria cuja erupção durou um milhão de anos e produziu o maior fluxo de lava de que se tem notícia. O derramamento teria queimado plantas, liberando gases tóxicos e de efeito estufa, causando um aquecimento global.
O problema é que até as plantas que conseguem sobreviver com gás carbônico sucumbiram. O que poderia ter causado sua morte?
Recentemente, uma nova hipótese foi levantada: a de que houve também formação do gás sulfato de hidrogênio, que, combinado com o calor, poderia ter causado a extinção em massa da época.
1. Apocalipse Solar
Em cinco bilhões de anos, o sol vai mudar: vai passar de anã amarela para gigante vermelha quando seu hidrogênio acabar e ele passar a fundir hélio para formar carbono. Neste processo, deve se expandir e ficar 200 vezes maior.
Enquanto expande, o sol vai engolir primeiro Mercúrio, depois Vênus, e talvez a Terra – o destino do nosso planeta ainda não é conhecido; ele pode ser empurrado para uma órbita mais alta ou engolido também.
De qualquer forma, o planeta Terra de então será bem diferente do atual.
A cada bilhão de anos, o sol fica 10% mais brilhante, o que significa que em menos de 1 bilhão de anos o planeta estará brilhante o suficiente para arrancar o gás carbônico da atmosfera, matando as pantas que dependem deste gás para crescer e realizar a fotossíntese.
E não é só isso. Para nossa desgraça (literalmente), os oceanos vão evaporar e toda a vida do planeta será extinta. A Era dos Animais deve terminar em cerca de 500 milhões de anos.[The Universe: Worst Days on Planet Earth]
Fonte: http://hypescience.com/ e outros
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