Cenário de guerra em Planalto Serrano: tiroteio termina com duas mulheres mortas

Cenário de guerra em Planalto Serrano: tiroteio termina com duas mulheres mortas
Uma residência foi cercada por um grupo fortemente armado; criminosos estavam com escopetas calibre 12, pistolas e revólveres

Parecia cenário de guerra. Mais de 150 perfurações de tiros nas paredes, móveis e objetos de uma casa. O saldo de tudo isso: duas mulheres mortas, um rapaz baleado, destruição e medo. O crime aconteceu por volta das 3h30 deste domingo, no Bloco C do bairro Planalto Serrano, na Serra.

A pequena residência foi cercada por um grupo fortemente armado. Os criminosos estavam com escopetas calibre 12, pistolas e revólveres. O alvo dos bandidos era o soldador Fabrício Nascimento Marques, 19 anos.

Ele dormia em um dos quartos com a mulher, Daiane Ramos Angélica, 23, grávida de quatro meses de uma menina. Na casa também estavam a avó de Fabrício, Maria Nascimento Marques, 62, e uma adolescente de 14 anos.

Segundo informações da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), pelo menos  10 homens cercaram a casa, deram dois tiros e mandaram que Fabrício saísse. Como não tiveram resposta, eles passaram a atirar contra a residência. Depois, invadiram o imóvel.

Daiane se levantou com a intenção de dizer aos bandidos que o marido não estava no local. Mas acabou atingida por um tiro de escopeta calibre 12 no peito. Ela ainda chegou a correr até a cozinha, onde morreu. Maria, que dormia em outro quarto, saiu para socorrer Daiane e também foi baleada no peito. Ela morreu no PA de Serra-Sede.

Fabrício tinha um revólver calibre 38. Ele pegou a arma e também atirou contra o bando. O soldador conseguiu escapar do cerco dos bandidos pelos fundos da residência. Mas, na fuga, acabou atingido por um disparo, de raspão, na cabeça.

Moradores acionaram a Polícia Militar, que chegou logo. Os militares socorreram Fabrício, que foi levado para o Hospital Dório Silva. No local, investigadores da DHPP descobriram que o soldador tinha um mandado de prisão temporária em aberto, suspeito de tráfico de drogas. Ele recebeu voz de prisão ainda no hospital. Daiane também estava com prisão drecretada pela Justiça, pelo mesmo crime.

Ana Paula Mill

A Gazeta