sexta-feira, 15 de março de 2013

Menina de 11 anos mata adolescente de 13 com uma facada no peito

Briga envolvendo duas estudantes acaba em morte em Conceição da Barra 
A vítima, de 13 anos, foi morta com um golpe de faca no peito. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu durante a madrugada no hospital


A estudante Lívia Gil de Sousa Pereira, de 13 anos, foi morta com um golpe de faca no peito no início da noite desta quarta-feira (13), por volta de 18h30, no bairro Antônio Lopes, em Conceição da Barra, Extremo Norte do Estado. A suspeita de cometer o crime é uma menina de 11 anos, que estudava na mesma escola que a vítima. O homicídio teria sido motivado por uma briga entre as estudantes.
Foto: Reprodução TV Gazeta
"O que a gente pode pedir é justiça", afirmou o borracheiro José Pereira, pai da vítima
Segundo o titular da delegacia de Conceição da Barra, delegado Roberto Fanti de Resende, a menina apontada como a autora do crime saiu de casa com a filha da madrasta, de 9 anos, a pedido do pai para comprar um suco em um armazém. Elas passaram por Lívia, mas as duas não se falaram. Na volta, as estudantes se cruzaram de novo e começaram uma discussão. A acusada estava com uma faca na cintura e golpeou a vítima no peito.
No entanto, o borracheiro José Pereira, de 47 anos, pai da vítima, contou que as duas tinham discutido dentro da escola. Depois da aula, a menina foi tirar satisfação com Lívia e, com uma faca, golpeou a vítima no peito. Ainda segundo o pai, nem a presença de duas senhoras intimidou a acusada.
Lívia ainda foi socorrida com vida para o Hospital Roberto Silvares, em São Mateus, mas morreu durante a madrugada. Segundo o pai da vítima, o médico disse que ela não tinha muitas chances. A menina, contou, sofreu três infartos dentro do hospital antes de morrer. O corpo foi levado para o Serviço Médico Legal (SML) de Linhares.

A menina apontada como autora do crime foi entregue ao Conselho Tutelar de Conceição da Barra e ouvida juntamente com os familiares na delegacia. De acordo com Fanti, ela contou que a faca na cintura era para se defender, pois foi ameaçada pela vítima no dia anterior. "O que havia entre elas era uma rixa de adolescente. A menina contou que a vítima não gostava das amigas dela e que, no dia anterior ao crime, ela disse que iria pegá-la".
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estipula um limite fixo etário, os 12 anos, abaixo do qual a criança não pode ser responsabilizada perante a sociedade por um ato tipificado como crime no Código Penal. O delegado informou que vai encaminhar ao Ministério Público o pedido de medida de proteção para a menina.
Não foi a primeira briga
De acordo com o pai da vítima, não foi a primeira vez que as estudantes brigaram. "Elas discutiram uma vez. Cheguei a chamar o pai dela para conversar. Mas a minha filha não brigava com ninguém. Ela era uma menina bem sucedida, todo mundo gostava dela", contou José Pereira, que pede justiça. "O que a gente pode pedir é justiça, para que ela possa pensar antes de fazer isso com outras famílias", desabafou.
Lívia estudava na Escola Municipal Professora Deolinda Lage, no bairro Santana, onde cursava a 8ª série, e morava na mesma rua que a outra estudante. Ela tinha uma irmã gêmea.

Gêmeas trabalhavam em escritório
Apesar de terem apenas 13 anos, as gêmeas já estagiavam em um escritório de advocacia no centro de Conceição da Barra, na mesma empresa onde a mãe delas trabalhava como servente.
“Elas tiram cópias, fazem relatórios e serviços de rua. A Lívia trabalhava um dia e a irmã dela trabalhava o outro. Elas revezavam para que pudessem tomar conta do irmãozinho, de pouco mais de um mês de idade”, disse uma funcionária, que preferiu manter a identidade em sigilo. “Lívia era muito quieta. Ela se sentava no canto dela, fazia o serviço dela e ia embora. A mãe não queria deixá-las em casa para não aprenderem o que não presta”, completou.
A funcionária também revelou que a mãe das gêmeas já havia comentado com ela que as meninas estavam sendo ameaçadas. “Ela contou que implicavam com as garotas por causa da beleza delas e das roupas bonitas”. Assim como muitos vizinhos e parentes afirmaram, ela também “não imaginava o que poderia acontecer”.
Fonte: Gazeta Online Norte

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